O brinquedo é uma importante via de conhecimento, impulsionando a construção de conceitos e processos em um desenvolvimento. O brinquedo não é o aspecto predominante da infância, mas através dele a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. (VYGOTSKY,1998, p. 29)
De acordo com as idéias de Vygotsky (1998), o brinquedo impulsiona o conhecimento, sabendo que a Crianças com Síndrome de Down necessitam de apoio diferenciado no seu processo de aprendizagem é que se destaca o lúdico como estratégia para alcançar este objetivo.
Dispor de uma cultura lúdica é dispor de um certo número de referências que permitem interpretar como jogo atividades que poderiam não ser vista como tais por outras pessoas" (Brougère,1998, p.24).
O brincar é uma atividade própria do desenvolvimento infantil, na qual permite a interação das crianças com as outras, onde elas exteriorizam seus desejos, estimulando a memória e a imaginação, visto que este sentimento lhe permite adentrar em mundos tão próprios da imaginação infantil.
Neste pensamento, o brincar terá um aspecto bastante relevante, no qual o enfoque sai do ambiente natural e passa a ser um interessante objeto de análise. Todavia, este será desenvolvido de forma significativa, onde as crianças explorem sua capacidade motora, interaja com seus companheiros, resolva conflitos e construa conhecimentos através desta ação.
Brincar é mais do que uma atividade sem conseqüência para a criança. (...) aproxima-se da arte, tendo em vista necessidade da criança criar para si o mundo às avessas para melhor compreendê-lo. Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive, se relaciona com este mundo. Brincando, a criança aprende!(Vygotsky, 1988, p.81)
A brincadeira, por mais livre que seja, exige dos seus participantes habilidades para definir suas estruturas e regras, o que faz com que o educando exercite o seu desenvolvimento mental e a atividade lingüística ao permitir o uso da fala, do pensamento e da imitação. Desta forma as atividades lúdicas desenvolvem várias capacidades que permitem a construção de regras e de diferentes papéis sociais aguçando a imaginação e criatividade, como descreve Wallon .
A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas equipes antagônicas.(WALLON, p.210). Para que o lúdico no contexto educacional tenha o aspecto que aqui se descreve é necessário ressaltar a ação do professor para isto, destaca se a mediação como condição de elaboração do pensamento e da ação como enfatiza Vygotsky (1988).
O atraso no desenvolvimento cognitivo e nas funções motoras da criança com Síndrome de Down é fato, todavia isso não é impasse para sua educação. Muitos fatores foram destacados no que se refere em como educar uma criança com Síndrome de Down, todavia assim como as demais uma boa dosagem de afeto, amor e limites são receitas básicas para se educar qualquer individuo, no entanto no que se refere a pessoas com necessidade especiais há se ter maiores precauções, pois como já descrito é necessário maior firmeza ao educar e por terem dificuldades de compreensão, essas crianças precisam ser ensinadas de forma repetitiva para que assimilem com menos dificuldade o aprendizado, pois como aborda Vygotsky(1984) .
O brinquedo fornece ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência. A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real e motivações volitivas - tudo aparece no brinquedo, que se constitui, assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar. A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de brinquedo. Somente neste sentido o brinquedo pode ser considerado uma atividade condutora que determina o desenvolvimento da criança. (VYGOTSKY, p.117, 1984)
Neste ínterim, a brincadeira se destacará na aprendizagem da Criança com Down como organizadora do seu entendimento e da sua linguagem. Pois, situações como brincadeira de faz de conta, no qual jogo simbólico é elemento base desta estratégia. A criança a partir de uma situação imaginária recria situações através de um jogo mímico, ou seja, as elas imitam os adultos dando significado a suas ações.
A deficiência intelectual como marca da Síndrome é configurada como dificuldades em abstrair conceitos curriculares trabalhado na escola, sendo assim, através de jogos e brincadeiras as crianças sindrômicas apropriam se dos conteúdos de maneira significativa e lúdica, pois para estas pessoas a aprendizagem, através da brincadeira, torna-se função motivadora, ajudando, assim, a desenvolver confiança em si e suas capacidades, começando a ter maior percepção a respeito do outro. Por este motivo, tanto o lúdico, como o ambiente no qual a criança está inserida, são importantes para seu desenvolvimento.
Rousseau (1968) destaca que a as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar que lhe são próprias e só aprendem através da conquista ativa, ou seja, quando elas participam de um processo que corresponde à sua alegria natural. (ROUSSEAU apud BITTENCOURT e FERREIRA , 2002. A idéia de Rousseau sobre a singularidade das crianças comunga com os ideais da aprendizagem significativa, na qual através de suas vivencias se atribui os significado a sua aprendizagem, favorecendo assim inclusão das crianças com Síndrome de Down. Bittencourt e Ferreira (2002), no artigo O Lúdico na Alfabetização trás as fala desses teóricos com a finalidade de afirmar a importância deste aspecto para educação como todo, para isto elas destacam que:
Froebel , a educação mais eficiente é aquela que proporciona atividades, autoexpressão e participação social às crianças. Ele afirma que a escola deve considerar a criança como atividade criadora e despertar, mediante estímulos, as suas faculdades próprias para a criação produtiva. Sendo assim, o educador deve fazer do lúdico uma arte, um instrumento para promover a facilitar a educação da criança. A melhor forma de conduzir a criança à atividade, à auto-expressão e à socialização seria através do método lúdico. Nesta expressão, as autoras destacam através dais idéias de Froebel como propulsor do lúdico como estratégia de aprendizagem, considerando que desta forma promoverá auto expressão e a criatividade da criança e assim ratifica a hipótese de como essa estratégia pode ser enriquecedora.
Na abordagem de Dewey (1952) e Piaget (1973) elas destacam o jogo e sob olhar pensador norte-americano, afirmando que o jogo não é apenas uma forma de desafogo ou entretenimento parta gastar energia das crianças, mas meios que contribui enriquecem o desenvolvimento intelectual, Dewey (1952). E, para Piaget (1973), os jogos e as atividades lúdicas tornaram-se significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato.
Assim como Bittencourt e Ferreira (2002), acreditam que o lúdico é tão discutido e importante para psicólogos e pensadores, não seria este o momento da escola parar e refletir também sobre a importância do lúdico (jogos e brinquedos) para a criança? E para aquela que necessitam de práticas diferenciadas?
Através do brincar a criança usufrui da sua liberdade de criação e sente que a vida é digna de ser vivida. Deixar isso fora dos muros da escola é ignorar a linguagem da criança. É desconhecê-la como sujeito de direito e deveres, pois o brincar está garantido no Estatuto da Criança e do Adolescente em seus artigos 4, 59, 71 e 124, inciso XII. Família, comunidade, sociedade e Governo são obrigados a garantir o lazer da criança e do adolescente, assim como garantir os direitos à cultura e às práticas esportivas.
Assim, de acordo com que foi descrito há uma estreita relação entre o brincar e o aprender, tanto para as crianças com deficiência, como as demais. Pois a brincadeira amplia seus espaços, saindo do pátio da escola e adentrando no processo de aprendizagem. No entanto, ainda há uma dicotomia em relação aos benefícios que a brincadeira trás para as crianças e seu aprendizado, pois, infelizmente ainda é muito comum ouvir que as crianças pequenas vão para escola apenas para brincar, utilizando este termo de forma pejorativa como se o brincar fosse apenas um ato de descontração ou de ocupação de tempo desmerecendo o verdadeiro significado do lúdico na vida das crianças.
De acordo com as idéias de Vygotsky (1998), o brinquedo impulsiona o conhecimento, sabendo que a Crianças com Síndrome de Down necessitam de apoio diferenciado no seu processo de aprendizagem é que se destaca o lúdico como estratégia para alcançar este objetivo.
Dispor de uma cultura lúdica é dispor de um certo número de referências que permitem interpretar como jogo atividades que poderiam não ser vista como tais por outras pessoas" (Brougère,1998, p.24).
O brincar é uma atividade própria do desenvolvimento infantil, na qual permite a interação das crianças com as outras, onde elas exteriorizam seus desejos, estimulando a memória e a imaginação, visto que este sentimento lhe permite adentrar em mundos tão próprios da imaginação infantil.
O lúdico no contexto escolar amplia as possibilidades de aprendizagem das crianças, pois essa estratégia possibilita que os alunos vivenciam diferentes papéis, construindo e ordenando o mundo à sua volta. Através do brincar a criança organiza suas ações, sentimentos e desejos, conseguindo juntar o pensamento, linguagem e a fantasia.
O brincar não é apenas um passatempo do universo infantil, pois através desta ação a criança organiza suas relações e ressignifica seu conhecimento, dessa forma, na escola, principalmente a inclusiva, o brincar deve ser atribuído duas vertentes. Uma, o respeito por essa linguagem tão própria da criança – O BRINCAR E A BRINCADEIRA - e a outra como estratégia de aprendizagem. Neste pensamento, o brincar terá um aspecto bastante relevante, no qual o enfoque sai do ambiente natural e passa a ser um interessante objeto de análise. Todavia, este será desenvolvido de forma significativa, onde as crianças explorem sua capacidade motora, interaja com seus companheiros, resolva conflitos e construa conhecimentos através desta ação.
Brincar é mais do que uma atividade sem conseqüência para a criança. (...) aproxima-se da arte, tendo em vista necessidade da criança criar para si o mundo às avessas para melhor compreendê-lo. Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive, se relaciona com este mundo. Brincando, a criança aprende!(Vygotsky, 1988, p.81)
A brincadeira, por mais livre que seja, exige dos seus participantes habilidades para definir suas estruturas e regras, o que faz com que o educando exercite o seu desenvolvimento mental e a atividade lingüística ao permitir o uso da fala, do pensamento e da imitação. Desta forma as atividades lúdicas desenvolvem várias capacidades que permitem a construção de regras e de diferentes papéis sociais aguçando a imaginação e criatividade, como descreve Wallon .
A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas equipes antagônicas.(WALLON, p.210). Para que o lúdico no contexto educacional tenha o aspecto que aqui se descreve é necessário ressaltar a ação do professor para isto, destaca se a mediação como condição de elaboração do pensamento e da ação como enfatiza Vygotsky (1988).
O atraso no desenvolvimento cognitivo e nas funções motoras da criança com Síndrome de Down é fato, todavia isso não é impasse para sua educação. Muitos fatores foram destacados no que se refere em como educar uma criança com Síndrome de Down, todavia assim como as demais uma boa dosagem de afeto, amor e limites são receitas básicas para se educar qualquer individuo, no entanto no que se refere a pessoas com necessidade especiais há se ter maiores precauções, pois como já descrito é necessário maior firmeza ao educar e por terem dificuldades de compreensão, essas crianças precisam ser ensinadas de forma repetitiva para que assimilem com menos dificuldade o aprendizado, pois como aborda Vygotsky(1984) .
O brinquedo fornece ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência. A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real e motivações volitivas - tudo aparece no brinquedo, que se constitui, assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar. A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de brinquedo. Somente neste sentido o brinquedo pode ser considerado uma atividade condutora que determina o desenvolvimento da criança. (VYGOTSKY, p.117, 1984)
Neste ínterim, a brincadeira se destacará na aprendizagem da Criança com Down como organizadora do seu entendimento e da sua linguagem. Pois, situações como brincadeira de faz de conta, no qual jogo simbólico é elemento base desta estratégia. A criança a partir de uma situação imaginária recria situações através de um jogo mímico, ou seja, as elas imitam os adultos dando significado a suas ações.
A deficiência intelectual como marca da Síndrome é configurada como dificuldades em abstrair conceitos curriculares trabalhado na escola, sendo assim, através de jogos e brincadeiras as crianças sindrômicas apropriam se dos conteúdos de maneira significativa e lúdica, pois para estas pessoas a aprendizagem, através da brincadeira, torna-se função motivadora, ajudando, assim, a desenvolver confiança em si e suas capacidades, começando a ter maior percepção a respeito do outro. Por este motivo, tanto o lúdico, como o ambiente no qual a criança está inserida, são importantes para seu desenvolvimento.
Rousseau (1968) destaca que a as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar que lhe são próprias e só aprendem através da conquista ativa, ou seja, quando elas participam de um processo que corresponde à sua alegria natural. (ROUSSEAU apud BITTENCOURT e FERREIRA , 2002. A idéia de Rousseau sobre a singularidade das crianças comunga com os ideais da aprendizagem significativa, na qual através de suas vivencias se atribui os significado a sua aprendizagem, favorecendo assim inclusão das crianças com Síndrome de Down. Bittencourt e Ferreira (2002), no artigo O Lúdico na Alfabetização trás as fala desses teóricos com a finalidade de afirmar a importância deste aspecto para educação como todo, para isto elas destacam que:
Froebel , a educação mais eficiente é aquela que proporciona atividades, autoexpressão e participação social às crianças. Ele afirma que a escola deve considerar a criança como atividade criadora e despertar, mediante estímulos, as suas faculdades próprias para a criação produtiva. Sendo assim, o educador deve fazer do lúdico uma arte, um instrumento para promover a facilitar a educação da criança. A melhor forma de conduzir a criança à atividade, à auto-expressão e à socialização seria através do método lúdico. Nesta expressão, as autoras destacam através dais idéias de Froebel como propulsor do lúdico como estratégia de aprendizagem, considerando que desta forma promoverá auto expressão e a criatividade da criança e assim ratifica a hipótese de como essa estratégia pode ser enriquecedora.
Na abordagem de Dewey (1952) e Piaget (1973) elas destacam o jogo e sob olhar pensador norte-americano, afirmando que o jogo não é apenas uma forma de desafogo ou entretenimento parta gastar energia das crianças, mas meios que contribui enriquecem o desenvolvimento intelectual, Dewey (1952). E, para Piaget (1973), os jogos e as atividades lúdicas tornaram-se significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato.
Assim como Bittencourt e Ferreira (2002), acreditam que o lúdico é tão discutido e importante para psicólogos e pensadores, não seria este o momento da escola parar e refletir também sobre a importância do lúdico (jogos e brinquedos) para a criança? E para aquela que necessitam de práticas diferenciadas?
Através do brincar a criança usufrui da sua liberdade de criação e sente que a vida é digna de ser vivida. Deixar isso fora dos muros da escola é ignorar a linguagem da criança. É desconhecê-la como sujeito de direito e deveres, pois o brincar está garantido no Estatuto da Criança e do Adolescente em seus artigos 4, 59, 71 e 124, inciso XII. Família, comunidade, sociedade e Governo são obrigados a garantir o lazer da criança e do adolescente, assim como garantir os direitos à cultura e às práticas esportivas.
Assim, de acordo com que foi descrito há uma estreita relação entre o brincar e o aprender, tanto para as crianças com deficiência, como as demais. Pois a brincadeira amplia seus espaços, saindo do pátio da escola e adentrando no processo de aprendizagem. No entanto, ainda há uma dicotomia em relação aos benefícios que a brincadeira trás para as crianças e seu aprendizado, pois, infelizmente ainda é muito comum ouvir que as crianças pequenas vão para escola apenas para brincar, utilizando este termo de forma pejorativa como se o brincar fosse apenas um ato de descontração ou de ocupação de tempo desmerecendo o verdadeiro significado do lúdico na vida das crianças.
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