Síndrome de Down é uma espécie deficiência Intelectual causada por erro genético microscopicamente apresentável, ou seja, é causado pela ocorrência de três (trissomia) cromossomo 21, uma das anormalidades mais comuns entre os nascidos.
As pessoas com síndrome, em sua maioria, apresentam o desenvolvimento físico e mental mais lento do que os demais sujeitos que não possuem síndrome, a maioria dessas pessoas tem o retardo mental leve a moderado, e alguns casos podem também apresentar um retardo mental severo.
Há uma variação quanto ao desenvolvimento e capacidade cognitiva das crianças com síndrome Down, pois seu desenvolvimento apresenta-se de forma mais lenta do que as demais crianças. Enquanto uma criança sem síndrome costuma a falar por volta dos 12 aos 24 meses a criança com Síndrome de Dawn inicia essa linguagem por volta dos 3 a 5 anos de idade, podendo também acontecer mais tarde do que esse dado previsto.
Apesar das características das crianças com Síndrome de Down apresentar especificidade como os demais sujeitos, elas tendem a ter características peculiares à síndrome que auxiliam aos médicos o diagnóstico da anomalia, porém é importante ressaltar que alguns indivíduos podem apresentar muitas das características e outros poucos, não existindo uma regra quanto a isso.
As características físicas das pessoas com Síndrome de Down são: Inclinação da fendas pálpebras; Achatamento da parte traseira da cabeça; Dobras nos cantos dos olhos, Língua proeminente; Ponte nasal achatada; Orelhas menores; Boca, mãos e pés pequenos; Tônus muscular diminuído; Pela na nuca em excesso e ressecada; Pode apresentar a ausência de uma falange ou aumento dos espaços entre o primeiro e o segundo dedo e uma linha que cruza a palma da mão (linha semiestica), sendo que as crianças que têm essas característica especificas, freqüentemente apresentam mal formação cógnita.
As principais alterações são: no coração, mal-formações gastrointestinal, imperfuração anal, doença de Hirschsprung. Apresentando também um grande índice nas crianças com Síndrome de Down a leucemia e a diminuição da capacidade auditiva e visual.
De ordem geral os cuidados com a criança com Síndrome de Down são basicamente o mesmo que as demais crianças, contudo é necessária uma atenção especial em algumas situações, como: Avaliação periódica da audição, visão e do coração; Cuidado com alimentação, pois na infância têm dificuldade em ganhar peso e na adolescência facilidade em ganha (causando muitas vezes a obesidade); Controles hormonais e questões ortopédicas.
O Desenvolvimento da criança com Síndrome de Down
O desenvolvimento da criança com Síndrome de Dawn, como visto na conceitualização da Síndrome é bastante semelhante com as demais crianças “ditas normais”. Apesar das peculiaridades que diferem umas das outras, o desenvolvimento cognitivo e afetivo encontram se respaldados através da relação do sujeito com o meio, pois para Galvão (1995), os aspectos físicos, dos espaços, as pessoas próximas, a linguagem e os conhecimentos próprios a cada cultura formam o contexto do desenvolvimento.
Sabendo que as crianças com Síndrome de Down, mesmo no contexto de estimulação, têm o desenvolvimento mais lento que as demais crianças, fazem-se necessário enfatizar que em cada idade se instala um tipo particular de interação entre o sujeito e o meio, como refere Galvão (1995), porém essas idades cronológicas referidas com estágios ou fases, necessariamente, não serão as mesmas para as crianças com Síndrome de Down, apesar de que ainda há bastantes controversas sobre esse assunto.
As crianças quando nascem, em seu primeiro estágio de vida no qual Piaget, denomina como Sensório-motor que corresponde do zero aos dois primeiros anos da vida e caracteriza-se por uma forma de inteligência empírica, exploratória, não verbal. Na qual criança aprende pela experiência, examinando e experimentando com os objetos ao seu alcance, somando conhecimentos, estabelecendo uma relação entre ela se social, mas para os sindrômicos esta fase, especificamente, a criança possui dificuldade em responder espontaneamente ou de maneira semelhantes aos estímulos motores e sociais. Exemplo disso são os recém-nascidos que apresentam a falta de habilidade em sugar o seio materno, pois sua formação consiste numa fraqueza no tônus muscular (hipotonia) que os impede de exercer as funções de sugar ou deglutir como acontece normalmente nas crianças dessa faixa etária.
Como sugere a teoria sócio-interacionista o meio é um agente primordial para o avanço cognitivo assim como o motor e o afetivo, pois um ambiente favorável e rico em recurso facilitará e ampliará as possibilidades desses indivíduos. Porém sabe se que a exploração direta e às experiências de vida não basta, freqüentemente, para modificar os padrões de aprendizagens Zansmer, (2005), tanto para criança com síndrome quanto para os normais serão necessário uma intervenção direta neste processo.
No caso das crianças normais a mediação da mãe e da família e para os deficientes a interação de profissionais terapêuticos com pais e responsáveis no auxilio de técnica de intervenção que ajudará na eficiência das crianças sindrômicas em interagirem com um maior nível de interesse, atenção e habilidade.
Estas técnicas são denominadas como intervenção ou estimulação precoce que pode focalizar a melhoria do desenvolvimento Sensório motor que como referido por Piaget são reflexos neurológicos básicos, ou seja, é quando o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento.
Nas crianças normais isso segue uma seqüência relativamente típica: primeiro levanta a cabeça quando de buço, rolar, senta-se, engatinhar, ficar de pé e anda que nas perspectivas waloniana esse fase se caracteriza como estágio Impulsivo Emocional, na qual ainda há uma inaptidão para a criança de agir diretamente sobre a realidade exterior(GALVÃO, PG 43, 1995 grifos meus). Nesta perspectiva tanto o bebê com síndrome e sem síndrome são necessários cuidados especiais, pois a afetividade é uma linguagem que ratifica a relação entre o sujeito e o meio. Mas vale ressaltar que quando a crianças possui síndrome há uma tendência de estender essa fase para idade 12 aos 24 meses, pois ela se organiza muito precariamente sua relação com ambiente no qual a criança se mantém excessivamente ligada à mãe.
A criança com Síndrome de Dawn – como qualquer outra - está apta a aprender ao nascer, seu agravante neste processo é o atraso do desenvolvimento motor. Uma estratégia para ampliar essas funções é a brincadeira, para Vygotsky a situação de brincadeira cria uma zona de desenvolvimento proximal que define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentes em estado embrionário, ou seja, é o ponto além do qual um indivíduo não pode funcionar sozinho, mas sim com ajuda do outro.
A brincadeira na infância se constitui como elemento indispensável ao desenvolvimento da criança, visto que programas de educação baseiam-se nessa linguagem. Por exemplo, o jardim de infância original de Froebel e o Método Montessoriano, apesar dos focos diferirem em sua essência, ambos retiram da brincadeira aspectos para as suas teorias e consequentemente para o desenvolvimento infantil. Isto não difere quando se discuti sobre desenvolvimento das crianças com Síndrome de Dawn, uma vez que é aconselhável por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e especialista aos pais destas crianças brincarem com seus filhos, com o propósito de avaliar nas brincadeiras o desempenho global da criança.
Com apoio e assistência apropriados, a criança com atraso no desenvolvimento pode torna-se cada vez mais interessada em tarefas desafiadoras, desde que estas sejam apresentadas de maneira que garanta o prazer e o sucesso.
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